Diplomacia244
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Imagem do mês: Março de 2012
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Durante a sua deslocação a Angola, o Secretário-Geral da ONU foi recebido em audiência por S. E. José Eduardo dos Santos, Presidente da República; por S. E. Paulo Kassoma, Presidente da Assembleia Nacional; reuniu-se com S. E. Georges Chikoti, Ministro das Relações Exteriores; participou no lancamento da campanha Jornadas Nacionais contra a Poliomielite; visitou a Cidade do Kilamba; manteve encontros de trabalho com os responsáveis das Agências da ONU em Angola e com a Direcção do Ministério das Relações Exteriores.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Cimeira da Uniao Africana em imagens
O Presidente Obiang Nguema Mbasogo, Presidente da República Guiné Equatorial e Presidente cessante da União Africana passa o martelo ao novo Presidente da União Africana, o Presidente Bony Yayi, da República do Benim
Jia Qinglin, o Representante do Presidente Hu Jintao, da República Popular da China
Ban Ki-Moon, Secretário-Geral da ONU
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Imagem do mes: Dezembro de 2011
Kim Jong-un (idade incerta, provavelmente nascido em 1983 - 27 anos ou 1984 - 26 anos), é o actual Líder Supremo da Coreia do Norte*, empossado a 28 de Dezembro, após as exéquias fúnebres dedicadas a Kim Jong-il, seu pai, que tinha diversas apelações, nomeadamente “Líder Supremo”, Querido Líder”, “Nosso Pai”, “General”, “Generalíssimo”, entre outros.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Balanço anual – 2011 está no fim…
Balanço anual – 2011 está no fim…
Estamos a poucos dias para fechar o ano 2011, altura para se fazer o balanço, reflectir sobre o que aconteceu este ano e tirar as lições dos acontecimentos de 2011.
2011 foi um ano partciularmente agitado para o continente africano. 2010 havia terminado com forte contastação ao Presidente Ben Ali, da Tunísia, após a morte por auto-imolação de um vendedor ambulante apresentado pela imprensa internacional (entenda-se imprensa ocidental) como desempregado apesar de ser titular de um diploma universitário, algo que tivemos a oportunidade de demonstrar que se tratava de uma fabulação, que pesou bastante nos eventos que se registaram nesse país no início do ano. (http://diplomacia244.blogspot.com/2011/03/reflexao-sobre-o-caso-da-libia-parte-1.html)
No Egipto, o Presidente Mubarak foi, tal como o Presidente da Tunísia, apeado do poder após semanas de forte contestação popular.
África teve ainda duas mudanças na governação sustentadas, desta feita, não em manifestações populares, mas sim em intervenções militares estrangeiras, estamos a falar da Côte d’Ivoire e da Líbia.
Enfim, a actualidade Africana foi marcada por um escrutínio muito aguardado, tal é a posição geográfica pivot do país onde decorreram e das expectativas geradas. Estamos a falar da República Democrática do Congo.
Na refrega das mudanças de governação no Norte de África agitado pela onda de manifestações, foram também muito aguardados os resultados eleitorais nessa região. Porém, esses resultados surpreenderam os paises que querem impôr, de forma imediata e instantânea, ao mundo e ao continente africano em particular, o dogma da democracia, sem ter em conta a evolução histórica social desses países, assim como o tecido socio-político dos mesmos e o seu nível de desenvolvimento.
Outro dogma que foi imposto em 2011, desta vez na Europa, foi o da moeda única.
Insistiu-se insistentemente na necessidade de se manter as notas máximas das agências de notação, e na necessidade de se manter os critérios de convergência, significando isso pesados sacrifícios para as populações de alguns países, e da batota que consiste em alterar as regras do jogo conforme as conveniências dos que insistem insistentemente em liderar os demais.
Falando de batota, devemos saudar e regozijar-nos pelo fim da intervenção militar Americana no Iraque, apesar de lamentar-mos o seu balanço final, que não convida a qualquer tipo de triunfalismo. Não foram encontradas armas de destruição em massa. Mas mudou-se o Presidente. Houve muitos danos colaterais e … houve muitas mortes…
O ano foi ainda marcado por tensões em alguns países como o Yemen, a Síria, o Irão e a Coreia do Norte.
Relativamente aos pontos positivos, devemos saudar o ressurgimento da questão palestiniana na cena política internacional, apesar da forte contestação do Presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, em completa contradição com o que ele próprio anunciou um ano antes. Em Madagascar, a situação de crise tambem registou alguns avanços positivos, e nisso a SADC está de parabéns, apesar de dever continuar a acompanhar de perto a situação desse país.
Mas antes de falarmos da situação internacional em África e no resto do mundo, devemos debrucar-nos sobre Angola e mais concretamente no organismo que tem a responsabilidade de executar a política externa de Angola: o Ministério das Relações Exteriores (MIREX).
Recordemo-nos que no fim de 2010, por decisão do Presidente da República, o Ministro Assunção dos Anjos passou o testemunho ao até então Secretário de Estado Georges Rebelo Pinto Chikoti. Recordemo-nos igualmente que Georges Chikoti já serve o Estado na direcção do MIREX há mais de 17 anos, o que significa que o MIREX é uma casa que conhece bem, e demonstrou isso mesmo no discurso de fim de ano, no qual referiu algumas conquistas mas também algumas falhas na nossa acção diplomática nos anos precedentes que se propôs corrigir.
Entrado em funções em Dezembro, o Ministro Chikoti retomou a prática de realização regular dos Conselhos de Direcção e realizou ainda nesse mês uma Assembleia-Geral de trabalhadores, demonstrando espírito de abertura e de auscultação do pessoal.
Na ocasião o Ministro foi assessorado pelo elenco da direcção do MIREX, nomeadamente os também nomeados pelo Chefe de Estado: o Embaixador Manuel Domingos Augusto, Secretário de Estado das Relações Exteriores (que foi Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola na África do Sul e na Etiópia, onde serviu também como Representante Permanente junto da Uniao Africana); o Embaixador Rui Jorge Carneiro Mangueira, Secretário de Estado para a Organização Administrativa (que foi Cônsul-Geral de Angola no Dubai e Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola nos Emirados Árabes Unidos); e Exalgina Gamboa, a Secretária de Estado para a Cooperação, que foi reconduzida nas funções que já desempenhava. As perspectivas eram risonhas, até porque qualquer deles tem muitos anos dedicados a diplomacia e às relações externas de Angola.
Continuando com a mesma dinâmica, o MIREX realizou o seu Conselho Consultivo Alargado (CCA), que serviu para discutir e aprovar reformas substanciais nos quadros orgânico e funcional do MIREX, assim como nos modos de actuação dos demais órgãos envolvidos na política externa de Angola.
O Ministro retomou igualmente em 2011 outras práticas suspensas por um tempo, tais como a rotação do pessoal diplomático, a realização de concursos públicos de entrada e de promoção para e na carreira diplomática, de forma a dar cobro a uma das preocupações que manifestou publicamente: a resolução de questões relacionadas com os quadros e com os recursos humanos.
Em 201, África foi agitada, o mundo mudou e o MIREX foi reformado. Nos três posts que seguem, pretendemos fazer um balanço algo analítico sobre o ano 2011, relativamente a esses aspectos.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Imagem do mês: Novembro de 2011
Esse acto foi perpetrado por “estudantes”, numa aparente onda de nacionalismo e de exacerbar de sentimentos anti-britânicos, originados pela pressão a que o Irão se vê submetido por causa do dossier sobre o programa iraniano de enriquecimento de urânio, segundo alguns analistas.
Num acordão da Corte Internacional de Justica, datado de 24 de Maio de 1980, o Irão foi condenado por factos similares, tendo a Corte considerado na altura que o Irão violou, entre outros tratados internacionais os artigos 22 (2), 24, 25, 26, 27 et 29 da Convenção de Viena 1961 sobre as relações diplomáticas.
sábado, 12 de novembro de 2011
A vingança do chinês
A vingança do chinês, José Ribeiro |
06 de Novembro, 2011
A China está a injectar milhares de milhões de dólares na Zona Euro para salvar a Europa da crise financeira em que mergulhou. Pequim está a aceitar tomar medidas para desvalorizar a sua moeda, o yuan.
As medidas tomadas pela China são consideradas muito boas pelos Estados Unidos e a Europa, dois continentes em dificuldades evidentes de recuperar do buraco aberto por Wall Street em Setembro de 2008. Na verdade, o que a China está a fazer é ajudar a estimular o crescimento económico ocidental, a evitar o contágio progressivo da crise do euro e a travar o perigo de uma recessão mundial.
A entrada em força da China na economia ocidental é algo há muito conhecido, apenas ficou clarificado na reunião do G-20 desta semana em Cannes. Agora o mundo sabe que a estratégia chinesa atingiu uma nova dimensão.
Os chineses estão a salvar o mundo da falência. Os chineses estão a dar dinheiro fresco e um exemplo de solidariedade ao mundo ocidental. Os fundos de que a China dispõe em grandes quantidades e está a pôr nas instituições financeiras, são necessários para que os grandes bancos e as economias ocidentais tenham dinheiro suficiente até para que os Estados europeus paguem os salários aos seus funcionários. Sem o dinheiro da China, países inteiros da Zona Euro corriam o risco da bancarrota, o contágio podia alastrar-se, o euro desaparecer e os mercados internacionais serem gravemente afectados.
O que os chineses estão a fazer pelas democracias e a qualidade de vida do Ocidente, é qualquer coisa de notável, pois o problema do desemprego é tão grave hoje que o responsável máximo da Organização Mundial do Trabalho (OIT) já avisou que se não forem tomadas medidas urgentes e inteligentes, o mundo fica à beira de uma catástrofe humanitária.
O interessante a acentuar nesta história é que os chineses estão a emprestar montantes colossais de dinheiro sem imporem condições, muito menos as políticas que a Europa e os Estados Unidos exigem a países como Angola para concederem os empréstimos de que tanto necessitam.
Se o mundo fosse justo e coerente, aos países da Europa seria agora exigido que acabassem com a corrupção generalizada que a crise destapou e obrigassem os governos e organismos nacionais a respeitarem as boas práticas de gestão e transparência.
A China não é, afinal, o “papão” que coloniza o continente africano, como afirma a propaganda do Norte. Basta olhar para a cooperação com Angola, onde os chineses fizeram em pouco tempo obras gigantescas, que se fossem executadas por outros, podiam levar décadas a concluir. Os fundos da Reconstrução Nacional são o mais belo emblema da solidariedade da China para com Angola.
Se a China fosse o demónio que os Media ocidentais costumam pintar, seria agora o “papão” do Ocidente. O facto é que nas duas últimas décadas, as sucessivas administrações americanas venderam a Pequim a enorme dívida americana. Foram tão bem sucedidos que agora a capital chinesa é uma espécie de casa de penhores, onde as grandes potências ocidentais empenham os seus anéis em troca de dinheiro.
Ainda assim, os dirigentes ocidentais premeiam os dissidentes chineses com o Nobel, criticam Pequim por causa do Tibete e de Taiwan. Os chineses respondem com a infinita paciência oriental e ainda lhes dão dinheiro para os salvar da bancarrota.
A lição que se tira é que, realmente, o dinheiro “não tem partido”, mas ao que parece tem pernas e foge para onde lhe dão o devido valor. Por isso, a China está a transbordar de liquidez e os ocidentais vão a Pequim pedir dinheiro aos “comunistas”.
Ninguém alguma vez ia imaginar que os fundamentalistas do capitalismo um dia se iam abastecer de dinheiro dos “comunistas” chineses.
A vingança do chinês é uma bela lição de dignidade.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Imagem do mês: Outubro de 2011
O mês de Outubro de 2011 foi marcado pelo assassinato de um homem, que conduziu os destinos de um país durante mais de quarenta anos. Gerou-se uma convergência de interesses por parte de diversos países, organizações e indivíduos que se uniram circunstancialmente para atingir esse fim.
Estamos a falar da Líbia. Essas imagens não dignificam esse país, não dignificam esse povo e deixam muitas duvidas sobre o carácter democrático dos novos senhores do país e seus aliados, tornando claro que o assassinato politico de chefes de estado faz parte da agenda de alguns países ocidentais. Pensamos que esse periodo estava ultrapassado. Parece que não…